quinta-feira, 18 de agosto de 2011

GASLAND


Gasland traz uma verdade inconveniente e assustadora sobre a preocupante situação da água potável em alguns estados norte-americanos. O cineasta Josh Fox (de Memorial Day) parte em uma jornada pelos Estados Unidos recolhendo histórias, reclamações e amostras das piores águas encontradas no caminho. Em alguns casos, moradores conseguiam atear fogo na água que saia da torneira, tamanha a impureza.

Razão desse problema estaria na extração do gás natural do subsolo de algumas regiões. Como o processo utiliza química pesada, estava afetando os lençóis de água de diversos estados norte-americanos. Uma companhia que prospecta este gás teria oferecido a Josh Fox uma pequena fortuna pelo direito de explorar as terras que são da sua família. Percebendo o prejuízo que isso traria para os rios que tanto preza, o cineasta percebe que tem um interessante e relevante para documentar. Assim começa sua viagem.

O vídeo abaixo está completo no Youtbe e com legenda em português:




segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dia dos pais: Leitura, filmes, vinho e espinha de peixe.

Eu não sou pai, então ainda sou o filho. Um dia antes dos dias dos pais resolvi ler um livro que um amigo (Glauber Rodrigues) que é pai, sabiamente me emprestou. Amigo que poderia ser o irmão pouco mais novo. Com a sabedoria de pai e a sensibilidade exercida ao logo da nossa amizade disse:


- Tenho que te emprestar um livro. Eu sei que você vai gostar.


Não discordei, afinal 15 anos de amizade são necessários para conhecer o apreço por esse ou aquele livro, filme, cd e muito mais... O livro é “O Clube do Filme – David Gilmore”.  



Sinopse: Eram tempos difíceis para David Gilmour, sem trabalho fixo, com o dinheiro contado e o filho  de 15 anos colecionando reprovações em todas as matérias do ensino médio. O autor, diante da falência, da desorientação e da infelicidade do filho-problema, faz uma oferta fora dos padrões: o garoto poderia sair da escola – e ficar sem trabalhar e sem pagar aluguel – desde que assistisse semanalmente a três filmes escolhidos por ele, o pai.



Mergulhei nessa história de pai e filho, curioso pelos filmes, mas me envolvi no universo da relação paternal e me dei conta da grandiosidade exercida pela figura muito lúcida que Gilmour foi para seu filho. Temeroso, errôneo e ao mesmo tempo herói. Pois só o herói é capaz de salvar sabendo que tem fraquezas. Ai eu pergunto: Quem não é herói então? E respondo: Aquele que não tenta.



Curioso pelos filmes, li e vislumbrei a cada comentário sobre as cenas de vários filmes.  Alguns comentários pareciam ter saído de mim. Sobretudo entendi que ser pai é ser amigo.  Exercendo a função de amigo muitas vezes somos pais. Não é igual, mas é importante.



Aos meus amigos que são pais, lhes digo:



Algumas vezes sejam amigos dos seus filhos, como às vezes são pais dos seus amigos.




Durante a leitura que durou o sábado, ouvi constantemente Abramis Brama uma banda sueca de Stoner Rock. Não tem muito a ver com a leitura, mas percebi que é o tipo de banda que o pai mostra orgulhoso pro filho e que proibi a filha de sair com caras que fazem esse tipo de som! (risos)

Marcos Alexandre



p.s: Comprei peixe e vinho, para almoçar com meu pai. O peixe tinha muita espinha. A vida não é perfeita, mas é isso que é gostoso! 



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Festivais de Jazz em Brasília!


Ir ao Bourbon Street Fest 2011 uma semana após o Porão do Rock foi constatar que a diversidade entre estilos musicais agrega quase as mesmas pessoas. Revi várias pessoas no Museu da República que estavam uma semana atrás no estacionamento do Nilson Nelson. Só que as atitudes são um pouco diferentes por conta do som que emana das caixas. No festival de Jazz todo mundo estava atento ao som e atento ao papo também. O Jazz lhe permite conversar e sentir a música, dançar ou apenas se mexer ao som que, diga-se de passagem, estava perfeito. Alto, mas não ensurdecedor. Limpo e proporcionando o entendimento todos os instrumentos. 

Andressa, Luian, Eu, Renan, Nayara e Pedro.

 


Uma grande vantagem do Bourbon Street Fest foi que além ter sido na área externa do Museu da República, não havia cercas – aberto a todos. Isso quer dizer que o sujeito podia comprar a marca da cerveja que quisesse, pois os ambulantes estavam com uma ótima variedade. (risos). Fiquei experto no segundo dia de evento e levei a cerveja do meu gosto comprada em um supermercado. Quem foi curtiu um festival de alto nível com nível de bebida que bem quisesse!




 Como um bom fã de jazz, fiquei de ouvidos atentos sabendo que não ouviria só o tradicional e que me surpreenderia. Dito e feito. O que eu esperava que fosse muito bom, foi ótimo - Delfeayo Marsalis. E o que eu não esperava, foi muito bom por justamente não esperar.


Destaco o som do Dirty Dozen Brass Band - o tempo todo sacudindo a galera. Postei logo abaixo um vídeo deles em outro festival. Amanda Shaw foi muito bom também, como os divertidos  Nathan & The Zideco Cha Chas . Delfeyao Marsalis foi o que esperava... Perfeito!


 


Já que estamos falando de jazz, nesse fim de semana tem o I Love Jazz no parque da cidade e terá a presença do lendário guitarrista Bucky Pizzarelli que já está com 85 anos e acredito ser difícil vermos ele outra vez por aqui, ainda mais num evento gratuito.


Pra mim imperdível!

 

Marcos Alexandre

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Porão do Rock 2011

Porão do Rock 2011
"Blues Explosion" - Foto: Lucas Alexandre
Quando ouvi falar na 14ª edição do Porão do Rock, duas coisas vieram à tona: Merda estou ficando velho! Será que vai prestar essa edição?! Checando as atrações percebi que vários artistas/bandas eram interessantes e outros mais que isso. Muita gente reclamou das atrações - na sua maioria gente desavisada e de gosto limitado. Claro que sempre há atrações totalmente dispensáveis, mas vamos ao que interessa!
Chegando ao evento na sexta- feira, percebemos uma fila gigantesca do lado fora e ai vem outra pergunta: Se não tem que comprar ingresso, porque essa demora?! O tal do roqueiro só não é mais descansado que o reggueiro... Sem muita cerimônia, furamos a fila e ninguém reclamou, afinal pra quê pressa se a cerveja do lado de fora, além de mais barata não era a tal da porcaria intitulada Antártica Sub Zero (patrocinadora do evento)? Sim, porque no ranking das cervejas ruins, essa ganhou nota abaixa de zero. E só tinha ela pra beber do lado de dentro. 
Helmet - Foto: Andressa Anholete



Devidamente do lado dentro, fomos procurar as atrações, pois os três palcos bem localizados estavam sempre com apresentações. O som de um palco não atrapalhava o outro e sendo que um dos três estava dentro do ginásio Nilson Nelson (palco extremo).  As pessoas de sempre. Os dinossauros do rock circulando com barriguinhas protuberantes e a mulecada renovada com novos apetrechos – lentes de contato coloridas, piercing no meio da testa, próteses de dentes de vampiro (isso sempre teve) e a velha melancia pendurada no pescoço. 




As atrações que me interessavam como o Cidadão Instigado, não instigou nem um pouco. Angra apresentou sua formula de sucesso (mais do mesmo). Foi difícil entrar no ginásio pra ver os caras, pois tinha "uma tal pulseira" pra ter acesso a pista, sendo que essa nem estava cheia. Da arquibancada o som estava péssimo.  Mas nem tudo está perdido.O Silent Raze fez um show perfeito! Já valeu a pena ter ido. O Silent Raze fez a gente acreditar que a noite nos prometia. Eis que vem o Helmet! Som pesado, direto, sem firulas e com energia da primeira a última música!  Entramos na área vip em frente ao palco pra chegar mais perto. E só bastou bancarmos uma de “impostor do Pânico na Tv”, dar um tapinha no ombro do segurança e entrar. Colamos no palco. Showzaço! O Humberto ainda subiu no palco e ganhou uma palheta dos caras, com assinatura e tudo. Final perfeito pra quem ouve Helmet desde a adolescência!


Jon Spencer Blues Explosion - Foto: Clausem Bonifácio
Eu, Lucas e Glauber
Já no sábado chegamos mais tarde, perdemos umas bandas que queríamos ver, mas ainda alcançamos o show do Krisium, depois dali já fincamos os pés em frente ao palco onde aconteceria o show do Jon Spencer Blues Explosion. Minimalista, psicodélico, experimental, chapante... Desprendemos os pés do chão, chegamos mais perto e daí o resto é história pra quem esteve lá. Mais um showzaço! Valeu à pena rever amigos, assistir a ótimas bandas e permanecer constatando que o rock n’ roll é fonte renovável e inesgotável. 


Marcos Alexandre


p.s. Beber não valeu a pena! Ninguém merece aquela porcaria de cerveja!!!