domingo, 19 de outubro de 2014

O Gama anda dando tiro no próprio pé!



É muito PHODA produzir no Gama. Sim, com PH, mas no pior sentindo da expressão.  São vários os problemas que você tem que enfrentar e quando consegue realizar com custo, surge mais problemas e empecilhos imbecis. 


Depois de realizarmos o Lançamento do EP da banda Into theDust, juntamente com minha banda; Lastro, Cabaret Zumbi e Mechanix no dia 06 de setembro, ficamos motivados a dar continuidade e voltar a produzir shows no Gama. Por vários motivos: por ser necessário para vida dessas bandas, para renovação do público e atender a carência de eventos na cidade e porque deu tudo certo no show, vendemos todos os ingressos e mais alguns extras, a galera curtiu e as bandas também. Então resolvi voltar à DRC (nem sei mais se é essa sigla, muda a cada governo e não muda porra nenhuma na postura, aliás, só piora. Mas vamos chamar de Regional de Cultura) pra agendar outra data. Aí vem a palhaçada! 


O Sr. Edinho (Responsável pela Regional de Cultura) estava presente e tomou à frente quando eu questionei a agenda do Galpãozinho, pois ela estava toda reservada até o de fim do ano para um grupo de dança. Como reservam assim um espaço para um único grupo?! Daí ele diz que eu poderia negociar com o grupo. Tudo bem. Mas não sou eu que tenho que ligar pra eles. A Regional deve fazer isso. Depois ele questiona o meu ofício.  Disse que tinha que ter mais informações como, por exemplo, se o evento era pago. Foi aí que o caldo azedou. Eu disse a ele que era pago sim, como foi o anterior que eu acabara de realizar e que eles não souberam por que só me entregaram a autorização com um dia de antecedência. Nela constava o absurdo de ser proibida a venda de ingressos. 




Perguntei ao Sr. Edinho de onde saiu essa idéia. Ele disse que na gestão deles resolveram que todo evento realizado no Galpãozinho deve ser de graça e que se eu cobrasse ingresso estaria “ganhando” dinheiro. Espera aí que eu vou rir... (risos).  Ele me entrega o Galpãozinho vazio, sem equipamento de som e luz, segurança, equipe de apoio, equipe de limpeza. Eu tenho que pagar tudo isso e contar com a “brodagem” de amigos para algumas dessas atividades, além disso, tenho que pagar divulgação, recorrer ao apoio de empresas privadas e etc.  

Na visão absurda desse sujeito, temos que fazer tudo isso tirando dinheiro do nosso bolso para que ele saia de “bunitim” na foto dizendo que na gestão dele "evento lá é de graça”, sendo que o mesmo não faz nada pra ajudar. Pelo contrário, faz de tudo pra afundar a cena local. Se o produtor não tem retorno ou pelo menos não cobre seus custos, não vai se arriscar a produzir. As bandas não vão tocar, o público não vai tomar conhecimento dessas bandas e a CENA MORRE!!! 


Numa cidade tomada pela “música cover” executada em barzinhos, a música autoral afunda vertiginosamente, sendo obrigada a execução somente na internet, aonde a pessoa nem chega a ouvir e aperta o “like”. 

p.s: Voltei lá na Regional de Cultura no dia 9 de setembro, mas só agora resolvi escrever. 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Show de Lançamento do EP 2014 da banda ITD (Into the Dust)


No show de lançamento de seu primeiro EP, produzido por Caio Cortonesi (Broadband Studio) e com arte do encarte por Tiago Prado, o ITD executará o mesmo na integra e também algumas composições que farão parte do próximo trabalho!

Com abertura de Cabaret Zumbi, seguidos por Lastro e Mechanix, todas elas de Gama-DF, onde será realizado o show, este evento também busca marcar a volta do rock pesado ao Galpãozinho do Gama, espaço histórico por apresentações de peso na cidade.

                                               Ouçam: http://intothedust.bandcamp.com/

Serviço:
 Lançamento do EP 2014 da banda Into the Dust 
Às 21h - Sábado 06 de setembro
Teatro de Bolso Galpãozinho – Gama/DF
Censura: 18 anos

Ponto de venda: Universal Tech - Gama Shopping (Quiosque)

Ingresso: R$10,00 (os 50 primeiros terão direito ao EP ITD 2014).

Produção: Marcos Alexandre  (Info: 9100-0283 / 8631-2202)


sexta-feira, 25 de maio de 2012


Vago

Mentiras assim, como essa eu já vi
São promessas com o que há de ruim
Um placebo com veneno
Um abraço no vento

A mensagem “eu te amo”, por engano
Pulsa a dor agora
Toda vez que diz a verdade é profana
Toda vez que vem à minha cidade é por outro fulano

Erga a mão pesada e faça teu papel
Machuque com a sua ausência
Vá embora e deixe comigo o fel
Do teu presente de grego
Sobra o meu sentimento vago como céu  

Marcos Alexandre 

The Editors - In this Light and on this Evening

 


terça-feira, 8 de maio de 2012

O Enterro do Chokito


Após muito tempo sem postar aqui, venho com uma história real de amor, trapalhadas, lençol, enterro e amizade.

* * *


Há algumas semanas atrás aconteceu algo muito chato para a vida... A morte.  E foi mais ou menos assim que aconteceu:

- Alô!
- Markin?!
- Fala Waderson! Beleza?
- Não.
- Ueh, o que houve?
- O Chokito acabou de morrer.
- Mas ele estava vivo ontem! (Eu queria ter dito que o vi ontem. Basta estar vivo, né?!)
- Me ajuda a levá-lo pra algum lugar?
- Claro, passa aqui...


Eu estava ao lado da Lidia e do namorado dela, o Cake (o apelido dele se escreve diferente, mas eu gosto dessa grafia).  Avisei aos dois que o Chokito havia morrido e que iria ajudar o Waderson.  Eles nunca tinham ouvido falar naquele Chokito, enxerguei duas interrogações gigantes em suas testas.  Expliquei que a Nestlé não tinha nada a ver com aquilo.  Era o cachorro de estimação do nosso amigo, um Chow chow lindo, da língua azul (já tinha a língua azul, bem antes de morrer).



Logo chega o Waderson com aquele semblante de olhar perdido, dizendo que seu filho e esposa estavam chorando em casa.  Perguntei-lhe onde estava nosso amigo que partiu e ele respondeu seco, “no porta-malas”.  Precisávamos de pá e enxada, fomos à casa de outro amigo, o Glauber. Chegando lá encontramos quase todos da família em casa. Era perto da hora do almoço. Preciso ressaltar que o sol estava com toda vontade de nos torrar e o céu era seu comparsa - não havia nuvens sob nossas cabeças.  Peguei as ferramentas com família do Glauber, que numa curiosidade impar, quiseram (todos) ver o “Chokito embalado” num lençol, dentro do porta-malas. 

Partimos rumo ao cerrado! Ao se aproximar do meio dia, o calor ia ficando mais insuportável. Quando dei a idéia de adentrarmos o cerrado, o Waderson só então, nos avisa que estava com a gasolina na reserva e que seu carro estava com problemas de mecânica. Agora corria o risco dos cinco, eu, Lídia, Cake, Waderson e nosso querido Chokito de ficarmos empenhados no meio do mato.  Chokito não tinha pressa, pois lá ia ficar. 

Descemos do carro e começamos a cavar! Lidia numa prestatividade dispensável ia cavando de forma peculiar. Enquanto revezávamos a escavação, o buraco ia aumentando como deveria ser e o calor o acompanhava. Percebi que a escavação da Lídia era exótica por demais, pedi ao Cake que distraísse sua namorada. A real era, “tire ela daqui!”.  Prestativa como nunca, não quis dar ouvidos e continuou. Olhei para trás enquanto cavava, vi que a terra que retirávamos do buraco estava toda espalhada.  Quase não acreditei. A Lidia devia estar com vontade de fazer companhia ao Chokito! Foi ai que ela pergunta pelo seu celular, “alguém viu meu celular?”.  Fomos ao carro e não achamos, voltamos e liguei para o aparelho dela. O som vem dentro da terra espalhada em volta do buraco.  Não tivemos alternativa, a não ser ajoelhar e cavar com as mãos.  Ah, o sol... Enquanto isso “Chokito derretia embalado”, dentro do porta-malas. Encontramos o aparelho! Agora é voltar ao objetivo, dar moradia definitiva para Chokito! 
 
Eu e Waderson ficamos com a função de tirá-lo daquele aperto para enfim, dar-lhe outro. Notei que o lençol que cobria Chokito, era novo e bonito. Waderson fez menção de retirar o lençol. Acredito que no calor da comoção, pegou o melhor lençol para cobrir seu ente querido. Eu discordei, "vamos enterrá-lo com lençol." Percebi que certo dilema passará pela cabeça dele. O lençol era bonito, mas usá-lo outra vez seria estranho e enterrar o Chokito com ele, também.  Enfim, deitamos o companheiro do Waderson, de tantas alegrias puras, naquele buraco. Recomeçamos o contato com a terra espalhada, juntando-a em cima de Chokito, a fim de cobri-lo.  

  
Nesse momento percebemos que o buraco não era tão fundo assim ou a terra espalhada havia causado isso. Uma ponta do lençol com parte de Chokito ficou à mostra.  Diante de tantas trapalhadas sorrimos e agora era a vez do silêncio. Um último adeus a quem só fez a família de meu amigo sorrir, deixando o choro para o único momento trágico, sua partida.  Fora isso, Chokito fez rir até a despedida final. Amizade é isso. 


Marcos Alexandre


 A música que escolhi, “The Winners is” é da trilha sonora do filme “Little Miss Sunshine”, para quem assistiu vai entender algumas ligações. (risos)




quinta-feira, 18 de agosto de 2011

GASLAND


Gasland traz uma verdade inconveniente e assustadora sobre a preocupante situação da água potável em alguns estados norte-americanos. O cineasta Josh Fox (de Memorial Day) parte em uma jornada pelos Estados Unidos recolhendo histórias, reclamações e amostras das piores águas encontradas no caminho. Em alguns casos, moradores conseguiam atear fogo na água que saia da torneira, tamanha a impureza.

Razão desse problema estaria na extração do gás natural do subsolo de algumas regiões. Como o processo utiliza química pesada, estava afetando os lençóis de água de diversos estados norte-americanos. Uma companhia que prospecta este gás teria oferecido a Josh Fox uma pequena fortuna pelo direito de explorar as terras que são da sua família. Percebendo o prejuízo que isso traria para os rios que tanto preza, o cineasta percebe que tem um interessante e relevante para documentar. Assim começa sua viagem.

O vídeo abaixo está completo no Youtbe e com legenda em português:




segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dia dos pais: Leitura, filmes, vinho e espinha de peixe.

Eu não sou pai, então ainda sou o filho. Um dia antes dos dias dos pais resolvi ler um livro que um amigo (Glauber Rodrigues) que é pai, sabiamente me emprestou. Amigo que poderia ser o irmão pouco mais novo. Com a sabedoria de pai e a sensibilidade exercida ao logo da nossa amizade disse:


- Tenho que te emprestar um livro. Eu sei que você vai gostar.


Não discordei, afinal 15 anos de amizade são necessários para conhecer o apreço por esse ou aquele livro, filme, cd e muito mais... O livro é “O Clube do Filme – David Gilmore”.  



Sinopse: Eram tempos difíceis para David Gilmour, sem trabalho fixo, com o dinheiro contado e o filho  de 15 anos colecionando reprovações em todas as matérias do ensino médio. O autor, diante da falência, da desorientação e da infelicidade do filho-problema, faz uma oferta fora dos padrões: o garoto poderia sair da escola – e ficar sem trabalhar e sem pagar aluguel – desde que assistisse semanalmente a três filmes escolhidos por ele, o pai.



Mergulhei nessa história de pai e filho, curioso pelos filmes, mas me envolvi no universo da relação paternal e me dei conta da grandiosidade exercida pela figura muito lúcida que Gilmour foi para seu filho. Temeroso, errôneo e ao mesmo tempo herói. Pois só o herói é capaz de salvar sabendo que tem fraquezas. Ai eu pergunto: Quem não é herói então? E respondo: Aquele que não tenta.



Curioso pelos filmes, li e vislumbrei a cada comentário sobre as cenas de vários filmes.  Alguns comentários pareciam ter saído de mim. Sobretudo entendi que ser pai é ser amigo.  Exercendo a função de amigo muitas vezes somos pais. Não é igual, mas é importante.



Aos meus amigos que são pais, lhes digo:



Algumas vezes sejam amigos dos seus filhos, como às vezes são pais dos seus amigos.




Durante a leitura que durou o sábado, ouvi constantemente Abramis Brama uma banda sueca de Stoner Rock. Não tem muito a ver com a leitura, mas percebi que é o tipo de banda que o pai mostra orgulhoso pro filho e que proibi a filha de sair com caras que fazem esse tipo de som! (risos)

Marcos Alexandre



p.s: Comprei peixe e vinho, para almoçar com meu pai. O peixe tinha muita espinha. A vida não é perfeita, mas é isso que é gostoso! 



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Festivais de Jazz em Brasília!


Ir ao Bourbon Street Fest 2011 uma semana após o Porão do Rock foi constatar que a diversidade entre estilos musicais agrega quase as mesmas pessoas. Revi várias pessoas no Museu da República que estavam uma semana atrás no estacionamento do Nilson Nelson. Só que as atitudes são um pouco diferentes por conta do som que emana das caixas. No festival de Jazz todo mundo estava atento ao som e atento ao papo também. O Jazz lhe permite conversar e sentir a música, dançar ou apenas se mexer ao som que, diga-se de passagem, estava perfeito. Alto, mas não ensurdecedor. Limpo e proporcionando o entendimento todos os instrumentos. 

Andressa, Luian, Eu, Renan, Nayara e Pedro.

 


Uma grande vantagem do Bourbon Street Fest foi que além ter sido na área externa do Museu da República, não havia cercas – aberto a todos. Isso quer dizer que o sujeito podia comprar a marca da cerveja que quisesse, pois os ambulantes estavam com uma ótima variedade. (risos). Fiquei experto no segundo dia de evento e levei a cerveja do meu gosto comprada em um supermercado. Quem foi curtiu um festival de alto nível com nível de bebida que bem quisesse!




 Como um bom fã de jazz, fiquei de ouvidos atentos sabendo que não ouviria só o tradicional e que me surpreenderia. Dito e feito. O que eu esperava que fosse muito bom, foi ótimo - Delfeayo Marsalis. E o que eu não esperava, foi muito bom por justamente não esperar.


Destaco o som do Dirty Dozen Brass Band - o tempo todo sacudindo a galera. Postei logo abaixo um vídeo deles em outro festival. Amanda Shaw foi muito bom também, como os divertidos  Nathan & The Zideco Cha Chas . Delfeyao Marsalis foi o que esperava... Perfeito!


 


Já que estamos falando de jazz, nesse fim de semana tem o I Love Jazz no parque da cidade e terá a presença do lendário guitarrista Bucky Pizzarelli que já está com 85 anos e acredito ser difícil vermos ele outra vez por aqui, ainda mais num evento gratuito.


Pra mim imperdível!

 

Marcos Alexandre

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Porão do Rock 2011

Porão do Rock 2011
"Blues Explosion" - Foto: Lucas Alexandre
Quando ouvi falar na 14ª edição do Porão do Rock, duas coisas vieram à tona: Merda estou ficando velho! Será que vai prestar essa edição?! Checando as atrações percebi que vários artistas/bandas eram interessantes e outros mais que isso. Muita gente reclamou das atrações - na sua maioria gente desavisada e de gosto limitado. Claro que sempre há atrações totalmente dispensáveis, mas vamos ao que interessa!
Chegando ao evento na sexta- feira, percebemos uma fila gigantesca do lado fora e ai vem outra pergunta: Se não tem que comprar ingresso, porque essa demora?! O tal do roqueiro só não é mais descansado que o reggueiro... Sem muita cerimônia, furamos a fila e ninguém reclamou, afinal pra quê pressa se a cerveja do lado de fora, além de mais barata não era a tal da porcaria intitulada Antártica Sub Zero (patrocinadora do evento)? Sim, porque no ranking das cervejas ruins, essa ganhou nota abaixa de zero. E só tinha ela pra beber do lado de dentro. 
Helmet - Foto: Andressa Anholete



Devidamente do lado dentro, fomos procurar as atrações, pois os três palcos bem localizados estavam sempre com apresentações. O som de um palco não atrapalhava o outro e sendo que um dos três estava dentro do ginásio Nilson Nelson (palco extremo).  As pessoas de sempre. Os dinossauros do rock circulando com barriguinhas protuberantes e a mulecada renovada com novos apetrechos – lentes de contato coloridas, piercing no meio da testa, próteses de dentes de vampiro (isso sempre teve) e a velha melancia pendurada no pescoço. 




As atrações que me interessavam como o Cidadão Instigado, não instigou nem um pouco. Angra apresentou sua formula de sucesso (mais do mesmo). Foi difícil entrar no ginásio pra ver os caras, pois tinha "uma tal pulseira" pra ter acesso a pista, sendo que essa nem estava cheia. Da arquibancada o som estava péssimo.  Mas nem tudo está perdido.O Silent Raze fez um show perfeito! Já valeu a pena ter ido. O Silent Raze fez a gente acreditar que a noite nos prometia. Eis que vem o Helmet! Som pesado, direto, sem firulas e com energia da primeira a última música!  Entramos na área vip em frente ao palco pra chegar mais perto. E só bastou bancarmos uma de “impostor do Pânico na Tv”, dar um tapinha no ombro do segurança e entrar. Colamos no palco. Showzaço! O Humberto ainda subiu no palco e ganhou uma palheta dos caras, com assinatura e tudo. Final perfeito pra quem ouve Helmet desde a adolescência!


Jon Spencer Blues Explosion - Foto: Clausem Bonifácio
Eu, Lucas e Glauber
Já no sábado chegamos mais tarde, perdemos umas bandas que queríamos ver, mas ainda alcançamos o show do Krisium, depois dali já fincamos os pés em frente ao palco onde aconteceria o show do Jon Spencer Blues Explosion. Minimalista, psicodélico, experimental, chapante... Desprendemos os pés do chão, chegamos mais perto e daí o resto é história pra quem esteve lá. Mais um showzaço! Valeu à pena rever amigos, assistir a ótimas bandas e permanecer constatando que o rock n’ roll é fonte renovável e inesgotável. 


Marcos Alexandre


p.s. Beber não valeu a pena! Ninguém merece aquela porcaria de cerveja!!!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Música ao vivo nos bares do Gama é teste para os ouvidos!

 

Imaginem a cena... Em um barzinho pessoas bebem, conversam ao som de música ao vivo. Fácil de imaginar, não é?! No Gama é diferente. As pessoas não conversam, elas gritam. Elas cospem umas nas outras. Calma, isso não é um hábito do gamense! Elas gritam porque não conseguem ao menos se ouvir.  A música é tão alta que impede a azaração. “Oooi, tudo beeeeem?!” Depois de um berro desses, já não está tudo bem. Os artistas acham que estão fazendo um show ao ar livre. Eles esquecem que estão ali, como meros coadjuvantes da história - que é sua. Você é o centro das atenções. Cada frequentador é o protagonista da cena do barzinho e o músico é apenas o fazedor dessa trilha sonora.  

Na praça de alimentação do Gama Shopping, a coisa é mais grave. O Som é muito alto, de péssimo gosto musical (mas isso não se discute), o artista anda entre os frequentadores com um microfone estilo pop star anos 90, supondo divertir com suas investidas romantizadas de novela mexicana.  O cara parece ter saído de um jogo de pique - esconde e quando você menos espera, ele está sentado do seu lado, envergando um bigode do Belchior com o sorriso encantador do Charles Bronson. 


Belchior                                                                               Charles Bronson

Tanto na praça de alimentação do shopping, quanto nos bares, existe aqueles músicos que fazem questão de soltar uma piadinha no microfone quando você chega. Será que eles não percebem que a pessoa só quer tomar um chopp tranquilamente com seus amigos ou acertar um encontro romântico, sem ter que passar pelo constrangimento de todo o bar voltar às atenções para ela? Quando eu falei acima em “centro das atenções”, não foi dessa forma. Falei daquela forma que talvez você imagine: as pessoas te vêem, talvez comentem ao seu respeito, você cumprimenta seus pares e logo estará tomando sua merecida cerveja, ao som da música que lhe agrada e por isso foi até aquele bar.  
Não é pedir muito. 

Marcos Alexandre

 Abaixo um clipe com dois artistas que curto muito.  A música é de um cara que dispensa comentários ou gera muitos outros. No final o que vale a pena é a música!

 Para saber um pouco mais...

Nebulosas no Gama!

O Gama é uma cidade atípica culturalmente? Para respondermos a essa pergunta, precisaríamos de páginas infindáveis de respostas e muitas delas inconclusivas.  Tentarei aqui, lançar uma questão tão inconclusiva quanto, porém com meia página. Cadê o Gerente Regional de Cultura do Gama? As vésperas da festa da carne, a cidade não tem se quer um Gerente de Cultura. O país pipoca em foliões, e os daqui pipocam para outras cidades. Qualquer um sabe que é mais uma data de lucro para empresas, pequenos empreendedores, artistas do segmento e por ai vai.  Como se isso não bastasse, a administração da cidade manda derrubar “palcos concretos” - como é o caso da quadra 11 do Setor Oeste. Tudo bem, o palco estava parado há anos, mas agora com uma nova gestão, poderia tomar vida. Que nada, mataram-no de vez! Olha que era obra de Oscar Niemayer.
Muitos candidatos ao cargo surgiram, cada um com suas idéias e propostas. Todos eles foram barrados pela politicagem morosa e interesseira que já é de praxe. A resposta ao GRC sairá depois do carnaval? Mesmo que saia antes - foi tardia e prejudicial. O ano cultural da cidade só tem 10 meses. Perdemos janeiro e fevereiro, sem contar novembro e dezembro de 2010, após o resultado das urnas (a partir dali, já estávamos sem um representante da cultura). 
O Gama não é tão atípico assim nessa questão. Várias cidades do país sequer falam em cultura, mas nós não queremos igualar a elas. Queremos o melhor e queremos agora!

Marcos Alexandre

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Esperanza Spalding


Linda em todos os aspectos!


Marcos Alexandre

sábado, 15 de janeiro de 2011

U querê...


Que vontade é essa de querer tudo e ao mesmo tempo, se cansar do querer?

Marcos Alexandre



O pianista Brad Mehldau (aqui com seu trabalho em trio) com a versão de Exit Music (For a Film) do Radiohead

sábado, 8 de janeiro de 2011

MASSA DE MANOBRA

 Imagem extraída do blog:  http://gustavofelizardo.blogspot.com  - Acrílica sobre tela, 80x100cm.

Tenho visto, lido e assistido pessoas se utilizarem do poder da comunicação para movimentarem grupos de uma forma irresponsável, injusta e pouquíssimo lúcida. Toda manifestação popular é justa? Eu acredito que sim. Só não acredito quando o pivô da manifestação a faz com descuido e utiliza do seu poder de comunicador para manipular. 

MASSA DE MANOBRA: pode ser em suma, um aglomerado de pessoas motivadas por uma opinião ou ideologia pré-estabelecida por grupos políticos, religiosos e o que é mais comum - comunicadores da mídia (televisa, radiofônica, impressa, digital e o que mais tenha surgido nos últimos tempos). Com os políticos somos cautelosos, com os religiosos podemos nos ater as nossas raízes, mas e com os comunicadores? São legais, falam bem e sempre barganham abertamente com você, desde tocar a sua música ou mandar um "alô" no programa dele. Como se isso fosse grande coisa. Mas te deixa a sensação de que você faz parte de alguma coisa. É phoda, né ?! 

Eles usam essa “massa de manobra” para criarem movimentos que defendam a ideologia a que estão influenciadas. 



Ouvindo Macaco Bong - Shift. 

"Shift" quer dizer: mudança, troca, substituição (entre outras). Antes que vocês queiram saber da letra, vale lembrar que essa banda faz música instrumental. Melhor assim, pra não influênciar. rs


Marcos Alexandre

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Feliz ano novo e se tiver as manhas, não se proteja da bordoada na orelha!

Passei um longo período sem postar algo aqui, mas não faltou assunto. Faltou-me tempo! Estou envolvido com inúmeros assuntos pertinentes a minha sede por ações culturais, que 24h por dia não são capazes de suprir à indelével necessidade de criação e concretização de tantos projetos.
Isso não quer dizer que faltou a curiosidade nas velhas e novas coisas da música, da letra, da tela, das várias telas.
Tenho ouvido essa banda (texto logo abaixo) constantemente e mesmo que a maioria de vocês talvez não goste, seria egoísmo da minha parte, furtar a ação de dividir essa curiosidade.  Extraído do Wickipédia, esse texto fala um pouco sobre essa banda, filhadaputamente boa! 
Marcos Alexandre

“O histórico da banda remonta ao ano de 1501, na Suécia. Conta a história, uma orquestra com desempenho inigualável cuja musicalidade tão divina e sedutora envolvia pessoas de todas as classes sociais. A orquestra rapidamente alcançou projeção, arrebatando uma multidão que seguia ao seu redor. Sua reputação de enfeitiçar as pessoas, porém, ficou mal vistas pelos olhos da Igreja que a referia com "orquestra do diabo", condenando os músicos à morte por enforcamento. Contudo, supostamente, foi deixada uma carta aos seus descendentes para que reunissem a orquestra…”

“Diablo Swing Orchestra ou D:S:O é uma banda suéca de Avantgarde Metal formada em 2003. A banda mistura elementos do Dark Cabaret, Flamenco, com música erudita e vertentes do Heavy Metal.”



Comecei pesado e depois assoprarei com outras vertentes desse mosaico infinito de possibilidades, que é a arte.  Ouva!

 





terça-feira, 19 de outubro de 2010

CALIFORNICATION - Vale a pena assisitir pela tv a cabo, baixado ou roubado!


CALIFORNICATION é um seriado repleto de sexo, drogas, drama, rock n’ roll, sarcasmo e ironia com muita inteligência. Quem assisti só para ver mulheres seminuas não entende de porra alguma.

Hank Moody é um escritor que se esforça para conseguir criar sua filha adolescente, Becca e continua apaixonado por sua ex-namorada Karen (mãe de Becca), enquanto tenta relançar sua carreira após ter um bloqueio criativo. Ele é honesto, mas se odeia e é autodestrutivo. Todo o universo conturbado em que vive é enriquecedor para sua arte, ao mesmo tempo destrói sua carreira.

O agente e melhor amigo de Hank é o personagem mais cativador por ser politicamente perturbado, nonsense, pervertido e altamente apaixonado.  Ahhh Karen... É a mulher perfeita para mim... Meu seriado preferido!

Marcos Alexandre