domingo, 19 de outubro de 2014

O Gama anda dando tiro no próprio pé!



É muito PHODA produzir no Gama. Sim, com PH, mas no pior sentindo da expressão.  São vários os problemas que você tem que enfrentar e quando consegue realizar com custo, surge mais problemas e empecilhos imbecis. 


Depois de realizarmos o Lançamento do EP da banda Into theDust, juntamente com minha banda; Lastro, Cabaret Zumbi e Mechanix no dia 06 de setembro, ficamos motivados a dar continuidade e voltar a produzir shows no Gama. Por vários motivos: por ser necessário para vida dessas bandas, para renovação do público e atender a carência de eventos na cidade e porque deu tudo certo no show, vendemos todos os ingressos e mais alguns extras, a galera curtiu e as bandas também. Então resolvi voltar à DRC (nem sei mais se é essa sigla, muda a cada governo e não muda porra nenhuma na postura, aliás, só piora. Mas vamos chamar de Regional de Cultura) pra agendar outra data. Aí vem a palhaçada! 


O Sr. Edinho (Responsável pela Regional de Cultura) estava presente e tomou à frente quando eu questionei a agenda do Galpãozinho, pois ela estava toda reservada até o de fim do ano para um grupo de dança. Como reservam assim um espaço para um único grupo?! Daí ele diz que eu poderia negociar com o grupo. Tudo bem. Mas não sou eu que tenho que ligar pra eles. A Regional deve fazer isso. Depois ele questiona o meu ofício.  Disse que tinha que ter mais informações como, por exemplo, se o evento era pago. Foi aí que o caldo azedou. Eu disse a ele que era pago sim, como foi o anterior que eu acabara de realizar e que eles não souberam por que só me entregaram a autorização com um dia de antecedência. Nela constava o absurdo de ser proibida a venda de ingressos. 




Perguntei ao Sr. Edinho de onde saiu essa idéia. Ele disse que na gestão deles resolveram que todo evento realizado no Galpãozinho deve ser de graça e que se eu cobrasse ingresso estaria “ganhando” dinheiro. Espera aí que eu vou rir... (risos).  Ele me entrega o Galpãozinho vazio, sem equipamento de som e luz, segurança, equipe de apoio, equipe de limpeza. Eu tenho que pagar tudo isso e contar com a “brodagem” de amigos para algumas dessas atividades, além disso, tenho que pagar divulgação, recorrer ao apoio de empresas privadas e etc.  

Na visão absurda desse sujeito, temos que fazer tudo isso tirando dinheiro do nosso bolso para que ele saia de “bunitim” na foto dizendo que na gestão dele "evento lá é de graça”, sendo que o mesmo não faz nada pra ajudar. Pelo contrário, faz de tudo pra afundar a cena local. Se o produtor não tem retorno ou pelo menos não cobre seus custos, não vai se arriscar a produzir. As bandas não vão tocar, o público não vai tomar conhecimento dessas bandas e a CENA MORRE!!! 


Numa cidade tomada pela “música cover” executada em barzinhos, a música autoral afunda vertiginosamente, sendo obrigada a execução somente na internet, aonde a pessoa nem chega a ouvir e aperta o “like”. 

p.s: Voltei lá na Regional de Cultura no dia 9 de setembro, mas só agora resolvi escrever. 

Um comentário:

  1. Da próxima vez, pergunta pra ele se nos espetáculos no Teatro Nacional a gratuidade também é obrigatória.

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